domingo, 21 de novembro de 2010

Arannis

Ao ir para o gélido norte em busca de mais uma das jóias que pretende utilizar contra Agrom-Vimak e sua horda, a Ordem da Liberdade não tinha noção dos perigos que enfrentaria em sua empreitada. Entretanto, nada do que pudesse se apresentar diante dos heróis seria capaz de tirar-lhes a coragem, pois todos estavam extremamente resolutos em seu mister. Tal fato trouxe grande alegria ao coração do paladino de Avandra, principalmente depois da conversa que teve com o grupo. Ele sentia novamente seus “irmãos” voltando a ser, mesmo que aos poucos, unidos novamente.

Após um nefasto período de dúvidas e questionamentos que circundaram Arannis, o paladino está mais do que nunca seguro de sua fé e de estar no caminho certo. Imbuído dessa certeza é que durante toda a viagem de ida para o norte o paladino fez inúmeras preces para Avandra, a deusa da mudança, da sorte, rogando-lhe sempre suas bênçãos.

E as preces de Arannis para sua Deusa não foram em vão. A Deidade, ciente da agora inabalável fé de um dos seus seguidores, jorrou suas bênçãos sobre a Ordem da Liberdade, concedendo-lhe a sorte de encontrar, não apenas uma das jóias almejadas, mas duas delas, fato que poupou considerável tempo aos aventureiros, além de encher-lhes os corações com alegria e esperança.

E é neste contexto de alegria e sentimento de dever cumprido que o grupo retorna para Ilíria. Durante a longa viagem de volta o paladino não se esquece em nenhum momento de orar todos os dias para sua Deusa, sempre em tom de agradecimento. Foi em uma das várias noites que Arannis passou a à bordo no Aurora que sua fé foi mais uma vez recompensada por Avandra.

Era uma noite como as outras da viagem de volta, bem tranqüila, sem nenhum transtorno. O céu estava aberto, todo estrelado, com pouquíssimas nuvens e com uma bonita lua que iluminava o mar. Já era o final da segunda semana de viagem e o frio já não incomodava tanto, o pior já tinha ficado para trás. No momento, todos já tinham se alimentado com uma sopa bem quente e já estavam aos poucos caindo no sono pelo convés do navio.

Arannis, como fazia todas as noites, realizava uma longa oração de agradecimento, quase um ritual antes de dormir. Nessa noite além de mais uma vez agradecer Avandra, ele compartilhou com ela dois de seus anseios, quais sejam; o medo de sucumbir diante de Agrom-Vimak; e sua credulidade na “recuperação” de sua irmã, Keyra, rogando a Deidade forças para as duas tarefas.

Após orar o paladino ficou observando Keyra, que brincava com uma pequena faca num canto do barco. Após aproximadamente meia hora ela terminou de escrever algo na madeira no navio, deitou-se e caiu no sono. Em seguida, Arannis se recostou em uma pequena caixa que se encontrava perto dele, se cobriu com umas peles e passou a olhar para o estrelado céu, devaneando sobre o futuro da Ordem, bem como se questionando como estaria Ecniv.

Aos poucos com o leve balançar do navio, o contínuo barulho gerado pelo bater das ondas no barco, a leve brisa que lhe tocava o rosto, além do límpido céu estrelado o paladino passou a ficar inebriado de sono, já não conseguindo distinguir a realidade dos sonhos. O primeiro sinal foi a certeza dele de ter visto de maneira clara à frente do navio, nas poucas nuvens que se circundavam a lua, os três traços que simbolizam Avandra. Aos poucos sua visão ficou turva e tudo ao redor passou a ficar escuro, e um imenso silencio se fez presente.

Tão logo recobrou os sentidos Arannis percebeu uma paisagem muito familiar. Ele reconheceu a floresta onde sua cidade existira. Tudo estava intacto, preservado tal qual era antes do ataque dos drows. O paladino podia ouvir o canto dos pássaros na linda floresta, que era formada por grandes e robustas árvores, além de flores coloridas muito bonitas. Animais circulavam por todos os lados, eram cervos, coelhos, dentre outros. Ao fundo era possível ouvir o barulho de uma cachoeira que ficava próxima dali. O paladino pensou “Adrie adoraria conhecer minha cidade”.

Logo em seguida uma forte alegria tomou o paladino subitamente, que se sentiu compelido a procurar por seus pais. Ele correu até encontrar os portões de entrada de sua cidade, que estavam inacreditavelmente intactos. Quando estava prestes a adentrar novamente em sua cidade natal, uma voz muito familiar lhe chamou a atenção, voz essa que veio de um bosque próximo. Seu pai, o chefe da guarda eladrin, dava ordens e instruções aos guerreiros de como deveriam fazer a ronda.

Quando Arannis chegou ao bosque pôde ver os eladrins entrando na mata enquanto seu pai ficava no bosque. Tão logo o paladino se aproximou seu pai se virou, olhando-o sem nenhum espanto, parecia que já o esperava. Por instantes, que mais pareciam horas, Arannis ficou olhando para seu pai com os olhos cheios de lagrimas. Ele estava estupefato. Arannis já estava prestes a correr em direção ao seu genitor quando ouviu dele.

- “Espere meu filho, você não deve se aproximar. É melhor assim”.

- “Mas pai....” disse o paladino com a voz turva. Foi quando seu pai falou de maneira rígida:

- “Não me desobedeça Arannis, você jamais foi insubordinado!”.

Com as pernas trêmulas e imbuído de grande euforia Arannis mal conseguia se conter, mas mesmo assim obedeceu seu pai. Naquele momento Arannis percebeu que atrás de seu pai em duas árvores, uma a esquerda e outra a direita, estavam brilhando os sinais de Avandra, que geravam uma tênue aura verde em volta de seu pai. Pouco se preocupando com isso Arannis disse:

- “Pai posso tentar arrumar uma maneira de voltar no tempo e ajudar a evitar a invasão de nossa cidade. Soveliss está ficando um mago muito poderoso e tenho certeza que ele deve conhecer alguma maneira de fazer isso. Daí, voltarei com a Ordem da Liberdade para ajudá-lo”.

- “Não seja tolo Arannis, tal insanidade não é possível. Além disso, a Ordem da Liberdade não tem como propósito realizar os objetivos pessoais de um de seus membros, mas sim defender a ajudar a quem precisa. Lembra-se? Pelo que sei vocês estão tentando resolver um grande problema, muito maior do que seus anseios pessoais”.

Foi então que Arannis quedou levemente sua cabeça, fixando seu olhar no chão, passando a pensar no que havia dito.

- “Desculpe meu pai, não pude evitar. Não voltará a acontecer”. “Quanta saudade de ti. Eu e o Soveliss sentimos muito sua falta”.

- “Eu também sinto o mesmo em relação a vocês meu filho. Mas, por outro lado, fico muito orgulhoso por vocês terem se tornado homens de bem. Fico muito feliz em saber que ambos estão procurando resolver o problema de Agrom-Vimak”.

- “Como o senhor sabe disso meu pai?” (interrompendo de maneira abrupta seu pai).

- “Suas preces meu filho, suas preces. Elas são ouvidas. E é justamente sobre isso que quero falar contigo. Agrom-Vimak, mesmo sendo consideravelmente poderoso, já respeita muito vocês. Entretanto, a Ordem da Liberdade terá grandes e decisivos desafios antes de enfrentá-lo. No momento vocês não são páreo para ele. Para conseguirem frear as loucuras de Agrom-Vimak vocês precisam igualar, equilibrar as forças com a dele. Para tanto, a Ordem da Liberdade precisará fazer jus ao seu nome e, especialmente, ao símbolo que a representa.”

- “Como assim meu pai? Eu não estou entendendo, já não estamos justificando nosso nome?” (indagou o paladino).

- “Bem meu filho, até o momento o emblema da Ordem está apenas parcialmente representado. Veja só: A Ordem é formada por Keyra, a furtiva (nesse momento ao lado do pai de Arannis começou a se formar a imagem de Keyra, que logo em seguida colocou na cabeça um capuz fazendo com que uma escuridão se formasse. Era um círculo negro de um metro de diâmetro que flutuava).

- “Ela desaparece com maestria, importantíssimo talento principalmente para enganar e anular o inimigo”.

- “ O grupo também é formado por ti meu filho, que o protege com sua vida e fé de maneira ímpar.” (nesse momento começa a se formar dentro do circulo negro um escudo prateado. As linhas reluziam fortemente).

Arannis está atônito.

- “Vocês também contam com a força de Murmmur” (o novo membro aparece ao lado do circulo com sua lança e, ao golpear o ar, ele e sua arma se transformam em uma espada também prateada, que se crava à esquerda e atrás do escudo.

- “Não se esqueça do auxílio sempre precioso que é prestado por aqueles que se aliam a Ordem.” (Hans aparece com um machado em sua mão, para logo em seguida também se transformar em outra espada prateada. Esta tem o mesmo destino da primeira, ou seja, se posta detrás do escudo.

- “Ambos contribuem para impingir nos inimigos medo da força da Ordem da Liberdade”

- “Lembre-se também da perspicácia de Adrie, pois sem ela o grupo não compreenderia o meio em que está inserido e, com isso, estaria fadado ao fracasso.” (Adrie surge correndo ao lado do símbolo parcialmente formado. Em seguida, transforma-se em uma pantera e logo depois em um lindo unicórnio prateado, que salta e crava-se no centro do escudo).

Arannis percebe que a cada item do emblema que se formava o símbolo brilhava mais forte.

-“Força e agilidade de nada serve sem a astúcia e a sabedora para utilizá-la. Nesse ponto Soveliss é imbatível, sempre procurando aumentar seu conhecimento para usá-lo no momento e de maneira adequada”. (O irmão do paladino aparece ao lado do escudo abrindo e lendo um pergaminho. Logo em seguida ele brilha e solta uma bola de fogo. Quando esta choca-se com o escudo, Soveliss transforma-se em um pergaminho fechado, indo-se de encontro ao escudo. Ao aproximar-se o pergaminho se abre, colocando-se do lado esquerdo com o escrito “Ordem”).

- Um grupo para levar esperança ao coração dos homens e temor aos tiranos precisa que seus feitos sejam levados aos quatro cantos do mundo. E nesse ponto Ecniv é insubstituível.” (O bardo surge tocando sua flauta. Logo em seguida ele a guarda, pegando dentro de uma pequena bolsa um pergaminho, jogando-o no ar. O objeto voa em direção ao emblema da Ordem, abrindo-se ao lado do trazido por Soveliss. Nesse momento a frase do emblema restou formada (preencheu-se com a palavra “Liberdade”)

Arannis estava estarrecido, chegando até mesmo a ficar arrepiado e com lágrimas nos olhos, pois não imaginava a força e o poder da Ordem da Liberdade. Em seguida, com a voz tremula, questionou.

- “Pai, o senhor já mencionou todos os integrantes da ordem o e relacionou com o nosso símbolo, mas o emblema não está completo.” Ainda falta alguém. Quem?”

- “Você é um cavaleiro meu filho, precisa de uma montaria.” (respondeu o pai)

- “Mas pai, o senhor está querendo dizer que a Ordem precisa de uma montaria?”

- “Não uma simples montaria meu filho, mas sim um companheiro leal para o grupo e um verdadeiro amigo para ti”.

Logo em seguida Arannis passou a ouvir um barulho vindo do céu. Parecia o bater de asas. Ao olhar para cima, ele viu se aproximando um lindo pégaso branco. O animal voava deixando um rastro prateado. Sua crina branca e longa deixaram o paladino impressionado. Logo em seguida o cavalo pousou na clareira ao lado do símbolo, empinando com as asas abertas. (Arannis não acreditava. Ele apenas tinha visto tal criatura nos livros da biblioteca onde estoudou). O cavalo deu um salto para trás do símbolo e, assim, o completou. (o emblema passou a brilhar com muito mais força)

- “Mas como conseguiremos um pégaso meu pai?

- Bem, preciso ir agora meu filho. Não tenho como ficar aqui por mais tempo.

- Espere ai pai, o senhor não pode ficar tão pouco tempo comigo (exclamou Arannis, passando a correr em direção ao seu pai).

- Amo você meu filho, e diga a Soveliss que o amo também (enquanto proferia essas últimas palavras a imagem do pai de Arannis começava a se esvoaçar e os símbolos de Avandra que se encontravam brilhando nas duas árvores logo atrás começaram a parar de brilhar.

- Arannis deu um salto para tentar agarrar seu pai, mas foi em vão... Quando percebeu, estava caído de bruços no chão do navio. Ao olhar ao redor percebeu que todos ainda estavam dormindo. Logo em seguida, ficou bastante compenetrado olhando para as estrelas até o amanhecer...


Por W.A

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Jóia do Anão - Parte II

Hans cavalgava pela trilha nas montanhas apenas com um pensamento: encontrar Keyra. Vestia sua armadura de placas e suas armas estavam presas à sela do cavalo castanho que havia comprado numa fazenda, dias atrás. O guerreiro não havia descansado. Deixara Ilíria depois de descobrir a localização da meio-elfa. Skan, no norte. Hans usou todo o dinheiro que tinha e empreendeu a viagem sem pensar. Kord, o deus da força, havia falado com ele e isso tornava sua missão importante.

A trilha na montanha era estreita e Hans, com sua experiência como soldado sabia que poderia ser emboscado nesse tipo de terreno. Galopava aparentemente despreocupado quando três orcs surgiram, fechando a passagem pela estrada da montanha. Hans sorriu quando um dos orcs atacou com um machado. Ele desviou o cavalo ao mesmo tempo em que sacava uma machadinha que arremessou contra o atacante. A arma atingiu o orc no peito e este caiu morto. O segundo orc rugiu e atacou, mas Hans sacou seu machado de guerra e golpeou enquanto cavalgava, decepando a cabeça do orc. O terceiro, em pânico, corria à frente. Hans sorriu e eliminou o orc passando ao seu lado. O machado cortou fundo e o guerreiro seguiu seu caminho. Kord gostava de demonstrações de força e Hans gostava de agradar seu deus.

Cavalgou por mais algumas horas até ver Skan e suas enormes muralhas. Keyra estava perto. Seu coração bateu mais forte.

"Estou chegando...Keyra."Disse ele enquanto impelia o cavalo, trilha abaixo, rumo à cidade




O Aurora era um barco grande, um navio mercante. Tinha dois grandes mastros e vinte trinta remadores. O casco era escuro e tinha uma figura de proa entalhada, simbolizando um cavalo. Os remos estavam retraídos e vários homens carregavam caixas e barris usando uma rampa de madeira que ligava o barco ao cais. Outros dois navios mercantes estavam atracados nas docas de Skan. A Ordem da Liberdade chegou ao local, passando pelas dezenas de pessoas que trabalhavam carregando fardos pesados. Arannis perguntou sobre o Aurora e um marinheiro indicou o barco entre os outros que estavam atracados.
Ao chegar, o paladino chamou por alguém e um elfo desceu a rampa.

"Bom dia." Disse o marinheiro

"Bom dia. Procuramos Halmar, o capitão do Aurora. Seria você?"Perguntou Arannis

"Não não. Halmar está ali." Respondeu o elfo apontando para um humano gordo, baixo, de cabelos e barba loira.

Halmar tinha apenas a mão direita e usava o que parecia uma pequena aljava de couro cobrindo o cotoco da mão que faltava. O homem sorriu e desceu até o cais para falar com os aventureiros.

"Sou Halmar. Sejam bem vindos. Mestre Danen já pagou pela passagem de vocês. Vamos partir em alguns minutos."Disse o capitão

"Obrigado."Disse Arannis "Já vamos embarcar. Nos dê apenas alguns instantes."

Além do grupo formado por Keyra, Arannis, Soveliss, Adrie e Murmur, estavam no cais Damara, Kraig e Malcom. Este último havia encontrado o grupo pela primeira vez naquela manhã. Ele havia insistido em acompanhar Keyra até o Aurora. O casal conversava um pouco afastado do resto dos aventureiros. Damara e Soveliss estavam beijando-se enquanto Kraig conversava com Murmur e os demais.
O som de cascos na rua de pedra chamou a atenção de todos. Um guerreiro a cavalo galopava na direção do cais, abrindo passagem por entre as pessoas e os fardos de grãos e mantimentos. O homem parou perto da Ordem da Liberdade, apeou e tirou o elmo com crista vermelha, feita de crina de cavalo.

Hans sorriu e chamou por Keyra. Esta, surpresa, sorriu, soltou Mal e correu na direção do grandalhão. Saltou em sua direção e ficou pendurada com os braços ao redor do pescoço de Hans.

"Hans! Como chegou aqui?" Perguntou Keyra ainda agarrada ao guerreiro

"Eu...vim atrás de você. É uma longa história. Como...como é bom ver você." Respondeu Hans abraçando-a sem notar os demais que se aproximavam

Malcom pigarreou, chamando a atençãod e Keyra que colocou os pés no chão e sorriu sem dar muita importância à cara fechada de seu amante. "Pessoal, este é Hans! Somos amigos de infância e não nos vemos há anos!"

Hans sorriu ao ver a irritação de Malcom e apertou sua mão com firmeza. "Olá." Disse ele encarando o jovem ladino que teve alguma dificuldade para aguentar o aperto de mãos do guerreiro, que era muito mais alto que ele.

"Saudações." Disse Arannis aproximando-se. "Sou Arannis. Aquele é meu irmão Soveliss. Estes são Adrie e Murmur." Completou o paladino

"É um prazer." Disse Hans imediatamente virando-se para Keyra "Kord me mandou. Eu tinha que encontrar você. O deus da força tem um plano para mim e eu devo seguir seus desígnios."

"Olha, nós estávamos quase partindo. Temos uma missão no mar do norte." Disse Soveliss

"Então...será que posso juntar-me a vocês?" Perguntou Hans

Os aventureiros se entreolharam e Arannis aproximou-se. "Se é amigo de Keyra, pode vir e é possível que seja muito útil. Só não sabemos se há alguma vaga no Aurora."

Hans concordou e eles começaram a negociar com o capitão do barco. Depois de algum tempo barganhando, o capitão aceitou o novo passageiro, desde que este remasse como seus tripulantes, uma vez que parecia ser bastante forte.

O Aurora partiu depois de uma hora e a Ordem da Liberdade estava reunida no convés quando o capitão falou a respeito da rotina do barco. Murmur e Hans deveriam remar como os demais tripulantes. Adrie, em forma de corvo, ficou sobre um dos grandes mastros do barco enquanto os demais ajudavam no que podiam.

Por algumas horas, o Aurora seguiu o rio, passando por paisagens verdejantes. O rio logo desenbocou no mar e, depois do agito da entrada contra a maré, estava navegando em águas do mar do norte. Vários dias se passaram es velas do navio levaram os heróis cada vez mais longe. O frio começou a aumentar e logo todos tiveram que vestir roupas de pele de lontra por cima das armaduras.

Depois de muito tempo e de águas tranquilas, algo aconteceu. O Aurora simplesmente parou, num baque súbito. Dois tripulantes foram arremessados contra o convés e o capitão gritou quando oito enormes tentáculos surgiram ao redor da embarcação.

"Kraken!" Gritou um tripulante apavorado "Kraken!" Gritou de novo mas foi interrompido quando um dos tentáculos enrolou-se nele e o carregou para cima, arremessando-o contra o convés. Keyra viu o que o homem estava morto e uma poça de sangue aumentou debaixo dele.

"Às armas! Fiquem atentos!" Gritou Arannis sacando sua espada

Então, o kraken atacou.