sábado, 26 de dezembro de 2009

Ambientação: Duas Pedras

O Vilarejo de Duaspedras
Duaspedras é um vilarejo pequeno, com poucas construções e várias fazendas de criação de ovelhas. Os moradores da aldeia são em sua maioria humanos e halflings mas há alguns meio-elfos devido à proximidade com os elfos da Floresta Castanha, que cerca Duaspedras. A oeste, a entrada do vilarejo é marcada por duas grandes pedras que estão aí desde antes da chegada dos fundadores. Há uma estrada de terra que sai do vilarejo e passa entre as pedras, seguindo pela floresta até sair da mesma.
O vilarejo é parte do reino do oeste mas é um lugar isolado e, portanto, não possui uma guarda ou um nobre que o governe. O povo de Duaspedras vive em paz e tem uma milícia de 10 homens apenas, formada por moradores pouco treinados. O vilarejo exporta lã, couro e ovelhas, além de um excelente vinho feito com frutas da floresta. A comunidade é simples e é comandada por Ben Talonshield, um ex-aventureiro que criou raízes e se aposentou em Duaspedras. Outro membro importante da comunidade é um velho alquimista chamado Nimus, que vive numa casa isolada, a coisa de duzentos metros floresta adentro. Nimus é um mago de pouco poder mas um alquimista experiente.
A única hospedaria de Duas Pedras é o Dragão Hébrio. É uma taverna pequena, que serve apenas aos moradores e alguns viajantes. Porém, o dono, Malcor, possui dois quartos nos fundos do local que são alugados aos viajantes por um bom preço.
O único meio-orc do vilarejo, Urko Caolho, é dono de uma ferraria. Ele está habituado com ferramentas, carroças e ferraduras mas sabe fazer armas e consertar armaduras. Ele mora sozinho na oficina e têm dois ajudantes humanos, filhos de camponeses da aldeia. Outro morador de renome é o elfo Salis, um ranger que vive nos arredores e ajuda a proteger Duaspedras. Salis é um elfo que foi banido de sua comunidade e encontrou na aldeia um lar.

- Locais de interesse -
A Floresta Castanha: A antiga floresta que cerca Duaspedras é o lar de animais comuns, monstros e elfos. Geralmente, as criaturas da floresta não atacam Duaspedras mas rondam os lugares mais escuros e afastados. A floresta tem esse nome devido à coloração amarelada das folhas de muitas árvores. A caça é abundante na Floresta Castanha e o povo de Duaspedras costuma usar a madeira com sabedoria. Um rio pouco profundo mas de águas rápidas corta a floresta ao norte do vilarejo. Como as árvores cobrem o rio, este foi chamado de Rio Escuro pelos aldeões. Grupos de elfos vagam pela floresta, estabelecendo suas comunidades em lugares seguros e secretos. Alguns bandos comercializam com Duaspedras enquanto outros são mais reclusos, mas os elfos em geral acreditam que os colonos da aldeia respeitam a floresta e, por isso, mantêm uma certa amizade com Duaspedras. Além disso, bandos élficos vagam pela floresta caçando monstros e mantendo-os longe de Duaspedras.
O monte dos túmulos: Ao leste de Duaspedras há uma elevação natural muito antiga, com um platô de onde pode ser avistada a Floresta Castanha em toda sua estenção. Sobre o platô existem inúmeras pedras antigas, formando monolitos em homenagem aos mortos de um passado esquecido. O povo de Duaspedras passou a sepultar seus mortos ou queimá-los em piras funerárias no monte quando a comunidade se estabeleceu nas proximidades. Porém, até hoje nenhum dos mortos do vilarejo recebeu uma grande pedra como marco de seu túmulo. As novas pedras são menores que a altura de um homem e não possuem a grandiosidade das mais antigas. Existem inúmeras lendas a respeito da grande colina onde ficam as pedras tumulares e poucos se aventuram no local à noite, acreditando que espíritos protegem o lugar e não diferenciam amigos de inimigos. Outras lendas falam de tesouros enterrados sob as pedras e de uma verdadeira necrópole sob a colina.
O Velho Carvalho: No centro da aldeia existe um enorme carvalho, que proporciona sombra constante a muitas casas da vila. A árvore é muito antiga e foi deixada intacta pelos fundadores de Duaspedras quando estes cortaram as árvores na clareira onde decidiram construir a aldeia. Bancos de madeira ao redor do carvalho dão ao lugar um ar pacífico onde as pessoas podem sentar-se e conversar, à sombra da árvore milenar. As grandes raízes do carvalho penetram fundo na terra e há quem diga que o pequeno buraco em seu tronco pode levar a uma caverna antiga sob a vila. Uma vez, um gnomo chamado Golbo, entrou no buraco, determinado a encontrar a caverna oculta. Ele nunca mais foi visto e acredita-se que, ou ele encontrou o que buscava ou ficou preso dentro da árvore e morreu de fome. Quatro lanternas mágicas foram colocadas nos galhos mais baixos da árvore, iluminando a pequena "praça" à noite com uma coloração esverdeada. As lanternas foram presente de um mago chamado Elion, que passou um mês em Duaspedras durante uma de suas viagens.
O Dragão Hébrio: Situada perto da "praça" da aldeia, à sombra do Velho Carvalho, fica a única taverna e estalagem de Duaspedras. Seu dono é Malcor, um homem alto e magro de parcos cabelos castanhos e um bigode frondoso. Sua esposa, Gulit, é uma mulher gorducha e sorridente que faz o melhor bolo de amoras da aldeia. Malcor tem duas filhas gêmeas, Lisa e Ania, que o ajudam a atender os clientes. A taverna em si é pequena, com apenas três mesas redondas com banquinhos de madeira e um balcão com seis bancos mais altos. A lareira dá um ar acolhedor aos viajantes e dois quartos bem arrumados no andar têrreo permitem que alguns se hospedem no local. A família vive no andar superior. O Dragão Hébrio possui também um pequeno estábulo onde Jar, um garoto de seus quinze anos, cuida dos animais dos viajantes hospedados na estalagem. Jar é sobrinho de Malcor e foi adotado por ele e sua esposa depois que seus pais foram mortos por bandidos, anos atrás. O poço da aldeia fica ao lado da estalagem.
O Rio Escuro: O rio de águas pouco profundas corta a Floresta Castanha ao norte. Ele serpentea por toda a região, sempre debaixo das sombras da antiga floresta. Suas águas são cristalinas e ele corre rápido. Os moradores usam parte do rio para lavar roupa ou pescar mas poucos se aventuram além dele. O rio nasce em algum lugar ao norte e atravessa a região sem passar perto demais da aldeia. Em alguns momentos, ele se perde dentro da terra e reaparece a quilômetros de distância. Em alguns pontos o rio é plácido, formando pequenos lagos onde cisnes nadam e vitórias-régias cobrem parte das águas. Em outros pontos, há corredeiras e uma longa queda de mais de vinte metros existe em algun lugar ao sul de Duaspedras. Também há uma região pantanosa a noroeste da aldeia. Essa região é evitada pois cobras constritoras, sapos gigantes e outras criaturas grotescas vagam pelas águas escuras, repletas de vegetação aquática.
A Casa de Nimus: Ao sul da aldeia, a pouco mais de duzentos metros floresta adentro, o velho Nimus vive em sua casa de pedra. Sua única companhia é um corvo negro chamado Galagakos, que fala mais que seu dono. Nimus é um mago que se estabeleceu em Duaspedras há mais tempo que qualquer morador possa se lembrar. Ele vive das poções que faz e de um ou outro jovem que toma como aprendiz mediante pagamento. Ele não é o mago mais poderoso ou o mais sábio, mas é um alquimista competente, apesar da rabugisse. Sua casa fica numa pequena clareira entre grandes árvores e um velho cachorro chamado Ogro a defende contra intrusos. Nimus nunca foi incomodado pelos seres da floresta e alguns acreditam que isso se deve ao poder do mago.
As Duas Pedras: Quando os fundadores da aldeia chegaram ao local, duas enormes pedras descansavam, uma contra a outra, formando um arco, uma entrada para a clareira onde eles decidiram estabelecer-se. As pedras foram vistas como um presságio e os colonos derrubaram as árvores da floresta, aumentando o terreno, cultivando e criando ovelhas. As duas pedras se tornaram o símbolo da aldeia que adotou seu nome graças a elas. Desde então, há sempre alguém disposto a aparar a grama em torno dos monolitos e arrancar os fungos que crescem debaixo das mesmas, na sombra. As pedras possuem entalhes estranhos que nunca foram decifrados por ninguém da aldeia e marcam a entrada do local. Uma estrada de terra passa por entre os dois enormes monolitos e segue para a Floresta Castanha. Alguns moradores dizem que as pedras são um antigo portal que não funciona mais, outros dizem que marcam o túmulo de algum heroi do passado. Ninguém sabe ao certo o porque desse enorme monumento mas todos o respeitam.
As Ruínas Brancas: Mais ao sul, a quase dois dias de caminhada pela floresta, existe uma antiga ruína. As pedras do lugar são brancas e estão cobertas em grande parte pelas plantas. Nenhuma árvore cresce nas ruínas, o que permite que o sol toque as pedras sem obstáculos. O povo de Duaspedras teme as ruínas mas alguns já chegaram a explorar o local. Porém, ninguém sabe porque alguns aventureiros que passaram pela aldeia com o objetivo de desvendar os mistérios do lugar nunca mais retornaram.

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