sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Escuridão - Parte I

Soveliss sentia que seus pulmões iriam explodir. A correnteza o levava por um túnel apertado e ele estava ficando sem ar. Não havia tempo para pensar. Tudo era rápido demais. Sentia que pedras e seu próprio equipamento batiam contra ele, cortando-o. Não conseguia enxergar nada. Estava num tunel inundado e sendo arrastado pela torrente.
De repente, a água desapareceu e Soveliss sentiu-se em pleno ar. Caiu instantaneamente, indo de encontro com mais água. Começou a afundar e, como não havia correnteza, conseguiu nadar até a superfície e em seguida até a margem. Não enxergava abosulatamente nada na escuridão absoluta até que viu a luz prateada do escudo de seu irmão irromper do túnel muitos metros acima. Arannis caiu no lago subterrâneo e desapareceu mas a luz ainda era visível. Estava afundando rapidamente. Soveliss estava desesperado e tossia sem parar, cuspindo água quando algo segurou seu braço.

"Rápido, segura a corda! Vai até a margem!" Gritou Keyra enquanto mergulhava na direção da luz do escudo mágico do paladino.

Soveliss obedeceu e na margem usou sua magia de luz para iluminar uma pedra. Adrie surgiu na água e gritou algo que inicialmente o mago não entendeu devido à confusão mental do momento.

"Eu disse: me passe a corda!" Gritou novamente Adrie enquanto se transformava em urso. Soveliss entendeu e amarrou a corda à cintura da fera.

A corda foi puxada por algo dentro do lado e Adrie começou a andar na direção oposta. Soveliss ajudava a puxar e logo Kubik se juntou a ele. O pequeno goblin estava ensopado e com um corte na testa. Graças aos esforços deles, Medrash foi retirado do lago mas estava desacordado. Imediatamente, Adrie transformou-se de volta à sua forma natural e começou a tentar reviver o dragonborn que não parecia reagir.
Soveliss olhava em desespero, ainda vendo a luz prateada no fundo do lago. Viu Keyra mergulhar novamente e desaparecer. Então, a luz do escudo cresceu, e num jorro de água, Keyra e Arannis surgiram na superfície do lago. A meio-elfa tentava nadar com o peso da armadura do eladrin mas ambos estavam vivos.

Nesse instante Bahamut pousou ao lado de Soveliss que tinha lágrimas nos olhos que tratou de limpar antes que seu irmão chegasse à margem.
Arannis caiu de costas na rocha da caverna e respirou aliviado, ainda ofegante. Keyra sentou-se ao seu lado e sorriu dizendo: "Foi por pouco hein?"

Várias horas se passaram. Não havia nennuma forma de fazer uma fogueira e os heróis tiveram que esperar que suas roupas secassem. Haviam perdido algumas coisas na enxurrada mas nada de importância. Comeram um pouco das rações de viagem que ainda estavam secas por algum milagre e observaram a escuridão. Apenas um bastão solar imluminava a caverna. O teto, a dezenas de metros era opressor. Não conseguiram ver o buraco por onde a água os trouxe. O silêncio era absoluto na enorme caverna.

Adrie transformou-se em pantera e procurou por algum caminho para fora do lugar. Encontrou cinco túneis mas um deles parecia mais seguro e menos estreiro que os demais. Depois que estavam todos descansados, eles seguiram a druída na escudirão, iluminando o caminho com o escudo prateado de Arannis.
Por longas horas os aventureiros caminharam por túneis escuros e estreitos. Esgueirando-se entre colunas de pedra e buracos no chão. Enfim chegaram a um túnel amplo. O chão era mais arenoso e haviam dezenas de túneis menores nas laterais e no chão. Parecia um formigueiro gigante. Ao longe, ecoando pelos túneis, o grupo conseguiu ouvir um som estranho. Parecia o sibilar de uma serpente seguido por cliques metálicos. O som se repetia pelas galerias menores e parecia estar em toda parte. Então, criaturas do tamanho de cães surgiram dos burcaos. Pareciam insetos com uma carapaça metálica. Faziam um ruido horrível e haviam cercado os aventureiros.

Os kruthiks atacaram cuspindo dardos venenosos. Foi um combate longo pois as criaturas se mexiam rapidamente, cavando ou entrando nos túneis. No fim, as carcaças fedorentas dos enormes insetos jaziam, patas para cima, no chão do túnel. Soveliss reconheceu as criaturas e Adrie concordou com o nome sitado pelo mago. Além disso, a druída disse que os kruthiks se afastavam de outros kruthiks mortos. Pensando nisso. Soveliss criou um disco arcano e várias carcaças foram empilhadas sobre o construto de energía. Assim, os aventureiros esperavam manter afastados outros insetos da colônia.
Por algum tempo o grupo vagou pelos túneis ouvindo o som característico das feras bizarras. Depois, a medida que o túnel descia, o som ficou mais fraco e logo pairava no ar um silêncio sepulcral. Depois de passar por uma abertura menor, os heróis chegaram a uma câmara enorme onde uma pilha de equipamentos e tesouro reluzia à luz do bastão solar.
Na caverna, cinco kruthiks defendiam um sexto, muito maior e estranho. Era a rainha das criaturas. Os aventureiros atacaram e foram cercados pelos kruthiks de tamanho normal. O maior cuspiu um jato ácido contra Medrash e Arannis.
Os heróis lutaram ferozmente mas em pouco tempo Medrash jazia no chão, inconsciente.

"Esqueçam os menores! Ataquem o grande!" Gritou Arannis. Keyra corria ao seu lado. A ladina pegou uma faca e a arremessou enquanto corria, atingindo um dos olhos da rainha dos insetos. A criatura guinchou horrivelmente e cuspiu ácido em seguida.
Foi uma batalha rápida e desesperada. Os kruthiks menores cuspiam uma chuva de dardos venenosos enquanto os aventureiros atacavam a rainha. Então, Soveliss disparou um míssil mágico e atingiu a criatura que já sangrava uma gosma escura em grande quantidade. O projétil mágico matou a criatura e então Keyra subiu sobre a carcaça e gritou alto, desafiando os kruthiks.

As criaturas fugiram, talvez por causa da morte de sua rainha ou talvez graças ao grito de vitória de Keyra.
Os aventureiros estavam exaustos mas haviam sobrevivido. Minutos depois, seguindo um dos túneis, chegaram a um enorme desfiladeiro.

"Montanhas no subterrâneo?" Perguntou Adrie

3 comentários:

  1. Uhuuull!!! Agora tá ficando bom esse negócio! \o/

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  2. Wuhu ninguem abusou de mim sai "intacto" da aventura hehehe muito bom eugenio adorei esse arco da historia, a melhor parte foi "paladino onde vc esteve" hehehehe muito bom

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  3. Essa foi por pouco, não fosse nossa querida Keira o paladino já teria ido se encontrar com Avandra...

    Valei Keira....

    Pelor

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