terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os Orcs, a Chuva e Karrak-dur, o dominador

A Ordem da Liberdade e os Irmãos de Sangue haviam contornado a enorme montanha que fora o domínio do dragão Daelazar e haviam penetrado nas terras selvagens do norte. Sabiam que encontrariam vilarejos e que orcs perambulavam livres por aquela região. Dois dias atrás, haviam escolhido o caminho noroeste uma vez que Adrie eCarric, o ranger dos Irmãos de Sangue, tinham encontrado um acampamento orc na trilha ao leste.

O caminho rochoso circundando as montanhas era lento e traiçoeiro e, como se não bastasse, começou a chover logo no primeiro dia de viagem. No início, a chuva era apenas uma garoa suave. Porém, horas depois era uma verdadeira tempestade. As capas estavam encharcadas e os cavalos relutavam em seguir naquele tempo. Carric então encontrou uma gruta ampla onde poderiam abrigar-se.
Os nove aventureiros alcançaram o lugar que era mais uma reentrãncia na montanha, com uma pequena gruta no fundo. O teto alto dava cobertura contra a chuva para eles e as montarias e era possível fazer uma fogueira sem maiores problemas.

Adrie usou um ritual e invocou espíritos da floresta que ajudaram a montar um acampamento confortável. Os nove se acomodaram. Kraig bebia e fazia piadas, como sempre. Soveliss observava Damara a distância. Arannis conversava com Ecniv. Carric estava isolado e falava apenas com Adrie, cuja companhia ele parecia apreciar. Linfur, sempre isolado, se mantinha de olho na vegetação fora da caverna, que era assolada pela tempestade. Keyra estava perto de Arannis e estava pensativa. Observava, prestando atenção às palavras de todos no grupo.

"Deviamos ver o que tem lá dentro." Disse Keyra no ouvido de Arannis "Não sei se é seguro ficarmos de costas para uma caverna desconhecida."

"Concordo. Vamos lá."Disse o paladino levantando-se e pegando uma tocha de luz infinita na mochila

Os dois entraram na pequena caverna e Soveliss andou rapidamente para alcançá-los. Ecniv apenas coçou a barba e observou enquanto os três desapareciam caverna adentro.

Arannis, Soveliss e Keyra caminharam pelo túnel, atentos. Era um túnel estreito e não muito longo e rapidamente chegaram a uma pequena caverna. Havia um outro túnel que havia entrado em colapso há muito tempo. Keyra notou um esqueleto. Usava uma boa armadura que Soveliss percebeu ser mágica. Enquanto Arannis e seu irmão tiravam os restos de osso de dentro da armadura, o crânio rolou pelo chão e então uma voz ressou nas cabeças dos três.

"Ah finalmente! Finalmente alguém veio me tirar daqui!"

"Em nome de Avandra, quem..."Disse Arannis

"Quem?! Como ousa criatura inferior?! Como ousa não reconhecer Karrak-dur, o dominadooooor?!" Questinou a voz na mente dos aventureiros

"Er...quem?"Perguntou Keyra, olhando ao redor, em busca da origem da voz

"Maldição! Sempre sou encontrado por mentes inferiores. Esse último infeliz ainda morreu numa armadilha orc. Sou Karrak-dur, o dominador, mestre de centenas de escravos, destruidor de nações, mente sobre a metéria, a mente mais poderosa que já existiu! E estou preso numa tiara..." Disse a voz

Soveliss pegou a tiara presa ao crânio do morto e percebeu tratar-se de um objeto mágico de poder considerável. "Irmão, esta tiara parece ser muito poderosa, eu poderia..."

"Sim! Sim! Finalmente alguém com atitude! Me use e me tire desta escuridão! Juntos seremos invencíveis! Você me servirá bem e será bem recompensado, eladrin!" Disse Karrak-dur

"Espera. Não. Isso pode querer te dominar. Não vamos fazer nada disso."Disse Arannis preocupado

"Olha, eu acho que poderiamos deixar esse imbecil esquecido aqui mesmo."Disse Keyra

"Mas...mas...eu posso usar a tiara e tirar vantagem disso."Disse Soveliss

"Isso! Muito esperto, até mesmo para uma mente inferior."Disse Karrak-dur

"Pára! Que coisa insuportável! Deixa logo essa porcaria aí!" Interveio Keyra, já levantando a voz

"O que está acontecendo aqui?" Disse Ecniv entrando pelo túnel

"AAAAH! Talvez você seja mais inteligente do que estes inferiores!" Disse Karrak-dur

Arannis levou as mãos à cabeça.




"Vocês demoraram. O que aconteceu?" Perguntou Damara quando os quatro finalmente saíram da gruta.

"Melhor nem saber." Resmungou Arannis

"Nada demais. Contamos depois."Disse Ecniv sorrindo enquanto apalpava sua bolsa mágica, onde havia enfiado a tiara megalomaníaca.



No dia seguinte, os aventureiros seguiram viagem, mesmo com a chuva constante. Alcançaram uma aldeia abandonada onde viram sinais claros de ataque por parte ados orcs. Muitos ossadas de moradores da aldeia e casas semidestruídas. Arannis fez uma oração pelas pessoas mortas e estava noitecendo quando Carric avistou uma patrulha orc. Os aventureiros já tinham decidido acampar na aldeia e os cavalos estavam dentro de uma casa de teto mais alto. Então, aproveitando a surpresa, a Ordem da Liberdade e os Irmãos de Sangue lutaram juntos pela primeira vez.
Não foi uma luta difícil e para os orcs foi o terror vindo da escuridão. Flechas cortaram o ar, adagas perfuraram carne orc e os gritos de batalha de Damara e Arannis ecoaram na noite chuvosa. Em minutos, mais de doze orcs estavam mortos e nenhum dos nove heróis estava ferido.

Por mais cinco dias de viagem, os nove enfrentaram patrulhas orcs com sucesso. Várias aldeias foram encontradas e a situação era a mesma. Centenas de pessoas haviam sido mortas ou levadas para longe de suas casas. A cavalgada era cansativa por causa da chuva que não parecia dar sinais de acabar. Finalmente, o grupo chegou a uma colina um tanto íngreme, coroada por um bosque de pinheiros. Carric pediu a todos que deixassem os cavalos e Kubik, o goblin, ficou encarregado de vigiá-los.

"Esta chuva não é natural."Disse Adrie baixinho enquanto caminhava ao lado do ranger, colina acima

"Tem certeza?"Respondeu Carric, sempre em élfico

"Eu fiz um ritual há dois dias. Para saber se iria chover. Os espíritos me disseram que não deveria estar chovendo."

Os aventureiros então chegaram ao topo da colina, onde Carric fez questão de pedir que todos engatinhassem. Rastejando, os nove heróis chegaram até a borda. Abaixo, um barranco de mais de quatrocentos metros terminava num vale rochoso onde, apesar da chuva forte, era possivel ver um enorme acampamento.

"Não chove no acampamento." Apontou Damara

"Isso sim é estranho." Completou Kraig

E era verdade. A chuva parecia circundar o enorme vale e seguir para o sul, de onde vieram os nove. Mas no centro, no acampamento, o sol brilhava. O grupo conseguiu ter uma leve noção da quantidade de orcs ali estacionados. Possivelmente mil soldados. Atrás do acampamento, a noroeste, havia uma enorme montanha, a qual foi facilmente reconhecida pelos heróis.

"É a base dos orcs. A montanha onde vimos Ogramum."Disse Arannis

Além do acampamento, o grupo percebeu o som alto de trovoadas. Porém, depois de um tempo, Adrie reconheceu o som. Eram ondas batendo. O mar do norte estava próximo. Carric disse que havia encontrado uma trilha que seguia a noroeste e foi por lá que o grupo seguiu, depois de reaver suas montarias.
Horas depois, à noite, os aventureiros alcançaram a trilha. À direita deles estavam as rochas altas que formavam a borda do vale dos orcs. À esquerda as falésias que tocavam o mar gelado do norte. Era um abismo longo onde, centenas de metros abaixo, o mar golpeava com força descomunal e pedras pontiagudas apontavam para cima.
A chuva continuava forte e a única forma de montar acampamento foi usar Adrie, transformada num enorme carvalho, como abrigo.
No dia seguinte, Carric, Adrie e Keyra seguiram por uma trilha estreita e de difícil acesso com um plano.

Carric havia enocntrado uma passagem entre as montanhas que levava para perto do acampamento orc e da montanha-fortaleza. Kraig havia ensinado algumas palavras em orc para Keyra e Adrie contava com sua furtividade e percepção. Uma vez na pequena gruta que Carric apontara, Keyra sussurrou as palavaras mágicas e a pequena esfera mágica alterou sua aparência. A bela meio-elfa era agora um orc grande e mal encarado. Adrie assumiu a forma de lobo e seguiu sua amiga pelo túnel.
Minutos depois, sas duas estavam no início do vale. Foi fácil notar sentinelas orcs a distância e o acampamento em si estava a pouco mais de quinze metros. Adrie percebeu uma segunda trilha, que continuava sem entrar no acampamento, direto para a montanha e apontou com o focinho naquela direção. Quando as duas estavam quase passando pelo acampamento, um orc apareceu e falou em sua língua brutal.

"Gahasba, kul, maha kar lança?" Disse o orc apontando para Keyra que só entendeu a última palavra

"Sim senhor!"Disse ela em orc

"Grou? Arrashba! Lança gaham maha kar!"Gritou o orc visivelmente irritado com a aparente estupidez do outro

"O general me mandou ir pra lá!"Disse Keyra em orc apontando pra trilha

"Gasga? Arrum baha arrashba kar. Lança!" Gritou mais uma vez o orc e apontou na direção do acampamento

Keyra estava quase entrando em pânico mas então disse novamente "Sim senhor!" e foi na direção ordenada. Pegou uma lança no acampamento e viu outros orcs que não pareceram notar sua presença. Uma mulher gritava e era carregada por quatro orcs. A camponesa estava em pânico e gritava por ajuda. Keyra segurou a espada em sua cintura e olhou para Adrie que a puxou pela roupa com os dentes de lobo.

"Sinto muito...não posso ajudar."Disse Keyra baixinho enquanto dava as costas à cena.

Esperaram por um tempo e então retornaram à trilha, quando o orc não estava mais no caminho. Keyra e Adrie seguiram por uma trilha tortuosa que saiu do acampamento.
Era uma trilha muito estreita e perigosa. De um lado estava o paredão da montanha e de outro, o abismo mortal até o mar. As duas aventureiras não tinham dificuldade alguma mas pensavam em Arannis e seu medo de altura e nos demais que talvez não tivessem tanta habilidade para andar em lugares como aquele. Por fim, as duas chegaram até uma pequena caverna. Um cheiro terrível vinha dela.
O cheiro azedo de lixo e podridão inundava suas narinas. Era pior do que qualquer outro cheiro que tivessem sentido antes. Mas aquela caverna era a mesma da visão que tiveram graças a Danen, o mago genasi de Skan.

Keyra entrou na caverna na frente e acendeu uma tocha de luz infinita. Era um buraco imundo. Corpos em putrefação, lixo, comida, fezes e todo tipo de dejetos formavam uma pilha enorme. Havia uma meia duzia de corpos grandes, possivelmente de goliaths. Acima, um túnel coberto por limo escuro parecia ser a origem da pilha.

"É a latrina dos orcs?"Disse Keyra voltando à sua forma verdadeira e piscando para Adrie

"Você vai mesmo subir por aí?"Perguntou a druída enquanto voltava à forma élfica

"Já estou subindo. Espera que já volto!"Disse a ladina escalando pelo túnel fétido "Argh...vontade de vomitar." Disse parando por um instante mas seguindo confiante, desaparecendo túnel acima.

Keyra subiu por um tempo e chegou a uma abertura mais larga onde não teve dificuldades para respirar. Chegou furtivamente ao fim do buraco, algumas dezenas de metros acima da caverna onde Adrie aguardava. Estava numa caverna iluminada por tochas. Três orcs conversavam, um deles arrastando um cadáver de goliath. Keyra pode notar celas em cavernas adjacentes a um túnel que seguia por um bom tempo. A meio-elfa estava ainda procurando detalhes do lugar quando viu que o cadáver seria arremessado no buraco onde ela estava.

"Merda!" Pensou enquanto descia o mais rápido possível. O corpo foi jogado e passou por ela por pura sorte. "É...é a nossa entrada." Pensou a ladina enquanto retornava.




"É arriscado. Posso não conseguir criar cavalos que voem."Disse Soveliss

"Olha, é o único jeito de passarmos pelos orcs. Voando acima do mar e abaixo dos olhos das sentilenas."Disse Adrie

"Mas e se não der certo? Eu posso não me sair tão bem quanto daquela vez e..."

"Soveliss, acabo de me lembrar. Quando conhecemos vocês, naquela tumba abandonada. Você disse que tinha teleportado o grupo. Porque não pode fazer isso agora?" Perguntou Damara

"Bem...eu...eu..."

"Ele precisa de um círculo de teleporte ou coisa do tipo!" Disse Keyra, percebendo que Soveliss iria acabar passando por mentiroso

"Bem. Nesse caso, acho que vamos ter que contar com os cavalos fantasmagóricos. Tenho certeza de que você fará o seu melhor. Confio em você."Disse Damara sorrindo para o mago

Talvez o incentivo tenha sido suficiente pois Soveliss conseguiu realizar o ritual da melhor forma possível e criou oito cavalos voadores. Adrie transformou-se em corvo e assim os nove partiram rumo à caverna, voando a pouco mais de um metro sobre a superfície do mar do norte. Kubik ficou para trás, com os cavalos de verdade, onde o grupo acreditava ser um lugar seguro.
Depois de uma árdua subida pelo túnel fedorento, os nove estavam dentro da montanha. Linfur e Keyra foram à frente, escondidos, fazendo oq eu faziam melhor.

O halfling era quase tão bom quanto Keyra e parecia estar gostando de competir com a meio-elfa. Juntos, chegaram até um lugar dentro do túnel, onde dois orcs guardavam uma cela grande, cheia de pessoas. Linfur e Keyra contaram até três e ao mesmo tempo arremessaram suas adagas mágicas, matando os dois orcs instantaneamente. Os ladinos se cumprimentaram silenciosamente e se aproximaram da grade como sombras. Dentro, pessoas pareciam ter notado a morte dos guardas e começavam a ficar agitadas enquanto um grupo menor de vozes tentava acalmá-las.

Minutos depois, os demais aventureiros chegaram e Keyra e Linfur saíram das sombras. Dentro da cela havia um grupo grande de pessoas. Camponeses em sua maioria. Homens, mulheres e crianças. Estavam doentes, mal nutridos e alguns até feridos. Em meio a essas pessoas havia um grupo de goliaths que trajavam restos do uniforme da guarda de Skan. Um deles, um goliath baixo para a média e bastante magro veio até a grade.

"Vocês vieram com o exército de Skan? A ajuda está vindo?" Disse o goliath

"Não. Nós viemos aqui com uma missão. Não sabiamos de vocês." Respondeu Arannis

"Temos doentes e feridos. Precisamos tirá-los daqui."Disse o gigante

"Vamos tirá-los. Mostre-nos os feridos."Disse Adrie pegando suas ervas curativas na bolsa

Keyra abriu a fechadura enquanto os demais montavam guarda. Arannis e Adrie entraram na cela e começaram a ajudar um homem velho que ardia em febre.
Damara conversou com os goliaths tentando entender como haviam sido capturados e como poderiam tirar toda aquela gente dali. Eram mais de trinta pessoas.

"Moça, você viu minha mamãe?"Perguntou uma menina de uns seis anos de idade, dirigindo-se a Keyra "Ela foi levada pelos monstros." Completou

Keyra lembrou-se da mulher que gritava no acampamento e engoliu seco. Damara interveio. "Não vimos, criança. Mas se ela estiver na montanha, a encontraremos."

Keyra fitou a criança, sem saber o que dizer. Lá no fundo, a meio-elfa sabia que aquela mulher estava morta e que a menina estava sozinha. Ela respirou fundo e foi conversar com Arannis.

"Alguém conhece o resto da caverna? Alguém que possa nos mostrar onde achar o líder orc?"Perguntou Soveliss

"Eu conheço o caminho e posso ajudar. Mas como ficam estas pessoas?"Disse o goliath enquanto pegava uma lança mágica e outros equipamentos junto com seus companheiros de cela

"Não podemos perder tempo. Viemos aqui matar Ogramum, não resgatar pessoas."Disse Keyra irritada

"Calma. Temos que tirar essa gente daqui."Respondeu Arannis

"Arannis! Como a gente pode ficar aqui conversando?! Estamos no meio da base inimiga. Orcs por toda parte!" Insistiu a ladina

"Sim eu sei mas..."

"Mas temos que andar logo. Eu sinto por essas pessoas mas temos uma missão!"Disse Keyra novamente

"Nós vamos levá-los. Vocês terminam a missão."Interrompeu Damara

"Não! Vocês têm que vir conosco!"Disse Soveliss preocupado

"Eu não posso deixar essas pessoas sozinhas. Eles têm somente alguns goliaths que ainda podem lutar e isso não vai protegê-las naquela trilha. São muitos orcs. Eu sei dos riscos e meus companheiros concordam. Vocês têm condições de matar Ogramum. Nós, os Irmãos de Sangue, vamos levar essa gente de volta a Skan."Disse a guerreira de cabelos de fogo

"Eu concordo. É o mais correto."Disse Arannis apertando a mão de Damara

Kraig abraçou cada um dos mebros da Ordem da Liberdade, Carric apertou a mão de todos e ao chegar perto de Adrie, sussurrou algo em seu ouvido.

"Espero ver você de novo..."Disse ele em élfico e recebeu um abraço da druída

Linfur apenas acenou para o grupo, mantendo sua pose de 'poucos amigos'. Damara despediu-se de todos, deixando Soveliss por último.

"Eu, espero que vocês consigam sair e que nós er...eu..."Gaguejou Soveliss mas antes que pudesse terminar, Damara o puxou pela gola da túnica e o beijou intensamente. Todos ficaram em silêncio, surpresos e então , soltando o eladrin, a humana de cabelos ruivos sorriu, mostrou o dente de dragão que ele havia lhe dado e disse: "Nos veremos em breve, Soveliss."

"Espera...eu...queria te dar isto. Leia quando estiver a salvo."Disse Soveliss ao entregar-lhe uma carta fechada. "Fique a salvo..."Disse ele sorrindo

Assim os Irmãos de Sangue deixaram a montanha, determinados a levar os sobreviventes em segurança até Skan, enquanto a Ordem da Liberdade matava Ogramum.
Arannis, Soveliss, Adrie, Keyra e Ecniv seguiram pelo túnel, acompanhados pelo goliath da lança azulada.

"Nós somos a Ordem da Liberdade."Disse Ecniv apresentando cada um dos membros "Como é seu nome?"

"Me chamo...Murmur."Disse o goliath sorrindo

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