sábado, 30 de janeiro de 2010

Biografias: Arannis & Soveliss

Raça: Eladrin
Classe: Paladino
Jogador: Wagner









Raça: Eladrin
Classe: Mago
Jogador: Paulo









A cidade de Immeril era pequena mas abrigava centenas de eladrins. Sua localização era secreta e apenas eladrins e alguns poucos elfos podiam entrar por seus portões. Graças à magia dos eladrins, a cidade aprecia no mundo apenas durante o dia, ficando à noite nas florestas antigas da Feywild.
Suas muralhas eram feitas de pedra e cobertas por trepadeiras e as casas eram um espetáculo à parte com suas longas torres brancas e luzes mágicas. Na cidade várias famílias governavam.

Uma delas, a dos honrados
Astalder, comandava as tropas locais. Aramil Astalder era um guerreiro sem igual. Havia enfrentado gigantes e demônios em sua juventude e agora liderava os guerreiros eladrins que protegiam a cidade. Sua esposa havia morrido anos atrás, quando os gêmeos nasceram. Apesar da tristeza, Arannis e Soveliss eram seu maior tesouro. Aramil amava seus filhos e tentava ensiná-los bem nos caminhos da honra e coragem.

Soveliss e Arannis não passavam o tempo todo com seu pai, sendo criados por Valnya, uma velha mulher que havia cuidado de Aramil quando este era apenas um bebê. Valnya ensinou muito aos gêmeos e contava histórias de quando seu povo vagava pelas florestas da Feywild. Contava lendas sobre monstros e heróis e sobre o mundo exterior.
Apesar de serem idênticos em aparência, Soveliss e Arannis divergiam em várias formas. Arannis era pouca coisa mais alto que seu irmão e sonhava em lutar como seu pai contra as forças que ameaçavam a cidade eladrin. Era impetuoso mas honrado. Por outro lado, Soveliss, que parecia mais frágil que seu irmão, ouvia com mais atenção as lendas contadas por Vanya e era fascinado pelas proezas mágicas de seu povo.

Por muitas vezes, Soveliss se aventurou fora dos muros de Immeril com seu irmão. Eles viram fadas e criaturas bizarras e em muitas vezes foram arrastados de volta por guardas leais ao seu pai. A vida dos irmãos era tranquila na cidade eladrin e seu pai era um herói para eles pois todos o respeitavam. Ele tinha um lugar no grande conselho da cidade e sua casa era uma alta torre com guardas, jardins e grandes salões. Tudo era bom para os gêmeos até a noite em que o inferno chegou até eles.

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"O que está acontecendo Vanya? O que é esse som lá fora?" Perguntou Soveliss amedrontado com o som dos gritos e de explosões na cidade.

"Nada pequenino. Agora entre no seu quarto e não abra a porta por nada neste mundo. Você também Arannis." Respondeu gentilmente a eladrin.

"Meu pai está lá fora! Quero ajudá-lo!" Gritou Arannis enquanto a velha mulher os empurrava para dentro do quarto.

"Não. Vocês devem ficar a salvo." Disse Vanya.

"Me deixe! Eu vou lutar! Sou um guerreiro como meu pai! Me deixe sua velha!" Gritou mais uma vez Arannis com raiva.

Vanya sorriu gentilmente e ia dizer algo quando uma lança atravessou sua garganta. A mulher caiu diante dos olhos assustados dos gêmeos enquanto gritos vinham do corredor atrás dela. Dois eladrins lutavam com figuras negras que pareciam mover-se como sombras. Em segundos os eladrins foram mortos e então Arannis e Soveliss viram os atacantes.

Eram elfos, ou pareciam ser, mas sua pele era negra e seus cabelos eram brancos e longos. Vestiam armaduras negras e espadas curvas de um metal escuro. Os drows sorriram e falaram em uma língua parecida com o élfico. Um deles tirou algemas de metal da mochila e começou a caminhar em direção aos jovens eladrins e foi então que uma porta voou pelos ares.

Aramil saiu por ela trajando uma armadura magnífica. Era quase branca e brilhava com uma luz azulada. Em suas mãos, Vento, a espada da família, brilhava prateada. Aramil estava sem seu elmo com asas de águia e o ferimento em susangrava muito. Mas estava enfurecido.

"Saiam de perto dos meus filhos!" Gritou o general elardin ao saltar sobre os drows. O primeiro golpe decepou a cabeça de um deles e o segundo cravou Vento no ventre do outro.

"Arannis, Soveliss, saiam daqui. Vão até o templo de Corellon!" Gritou.

"Mas pai! Não vamos deixá-lo aqui!" Disseram os gêmeos

"Vão!" Gritou Aramil quando mais drows apareceram no corredor. "Vão agora!"

Chorando, os gêmeos correram enquanto ouviam seu pai lutando com mais de quinze drows. Correram pelas escadas da torre e pelas ruas da cidade em chamas. Drows e orcs queimavam e matavam o que encontravam pela frente e os dois pequenos eladrins apenas corriam, como ordenado. Ao chegarem ao templo de Corellon, encontraram os sacerdotes mortos, empalados na frente do templo em longas lanças orcs.

Era tarde. Nada salvaria os gêmeos agora. Foram aprisionados ao lado de mulheres e outras crianças e levadas pelos elfos negros que falavam em sua própria língua e gargalhavam enquanto a cidade eladrin queimava.

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Por cinco anos, os gêmeos foram escravos no subterrâneo. A fortaleza drow era um lugar cruel onde escravos morriam todos os dias quando os elfos negros se sentiam entediados. Soveliss e Arannis foram dados a uma sacerdotisa drow e durante esses cinco longos anos foram forçados a assistir aos sacrifícios feitos em nome de Lolth, a terrível deusa-aranha dos drows.

Ambos receberam uma marca da casa de Lolth em seus braços, uma cicatriz horrenda que ficaria com eles até o fim. Os irmãos tinham quinze anos quando as coisas finalmente mudaram. Uma luta pelo poder da fortaleza entre duas facções libertou os escravos acidentalmente. Todos tentaram fugir pelos túneis do subterrâneo mas, desarmados, eram mortos pelos dois lados do enfrentamento.

Então, Soveliss viu um grupo variado de homens armados. Não eram elfos nem eladrins e muito menos drows. Estavam em cinco e haviam entrado na fortaleza escondidos e agora lutavam para chegar ao templo de Lolth. O jovem eladrin viu nisso a chance mais certa de uma fuga e puxou seu irmão pelo braço, atrás dos aventureiros.

Os cinco haviam chegado ao salão principal do templo e agora lutavam contra a sacerdotisa e seus seguidores. Arannis e Soveliss assistiam a tudo escondidos. Foi uma batalha épica. O grupo, formado por um anão, dois humanos e uma halfling e um goliath, lutava como uma equipe experiente. No fim, apenas a sacerdotisa drow e os cinco heróis estavam de pé. A drow, em pânico, invocou uma magia poderosa e desapareceu em pleno ar. Então, os gêmeos eladrins saíram das sombras gritando agradecimentos aos heróis.

Os aventureiros ouviram a história dos dois jovens e por algum lance do destino decidiram levá-los consigo. A halfling do grupo, uma maga chamada Malin, desenhou um círculo mágico no chão e então todos entraram no portal que se formou. Segundos depois, os sete estavam em Ilíria.

Soveliss e Arannis então aprenderam o que puderam com Malin, Belkirk, o anão paladino, Ur, o guerreiro goliath, Benton, o clérigo de Pelor e Calien o ranger. Apesar da vida em Ilíria ser completamente diferente para eles, Soveliss e Arannis se sentiram livres e decidiram que se tornariam aventureiros para um dia realizar feitos como o dos cinco heróis.

Belkirk, o anão, era um servo de Avandra e foi ele quem ensinou Arannis a respeito da divindade da sorte e dos aventureiros. Belkirk era um ótimo mestre e despertou no eladrin a vontade de servir a algo maior e de levar as palavras de Avandra ao mundo.

Malin, a halfling, tomou Soveliss como aprendiz e em pouco tempo o eladrin aprendeu muito.

Um dia, o grupo, conhecido como A Irmandade Branca, partiu de Ilíria mas os jovens eladrins ficaram, pensando em tornar-se heróis como eles e talvez um dia livrar o mundo dos drows e, quem sabe, vingar a destruição da cidade de Immeril.

2 comentários:

  1. Gostei bastante Gene, ficou muito bom.

    Wagner

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  2. PS. Agora vai ser legal interpretar um paladino que tem uma grande vontade de vingança...

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