segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Biografias: Medrash

Raça: Dragonborn
Classe: Warlord
Jogador: Arthur







Aldran orava no templo de Bahamut de Varmun, a pequena comunidade dragonborn nas montanhas ao sul do reino humano de Ilíria. O dragonborn estava com um dos joelhos no chão frio do salão de mármore e granito. Olhava fixamente para a estátua prateada do Dragão de Platina. Vestia uma túnica azul clara com detalhes em prata e carregava uma longa adaga de osso na cintura. Seus olhos eram de um azul profundo e suas escamas eram brancas. Aldran era um dos líderes religiosos de Varmun e um devoto servo de seu povo. Sua esposa, Zarin, era filha de um excelente armeiro chamado Ugrash e estava isolada há dias numa sala especial onde os ovos do casal estavam sendo incubados.

"Meu senhor! Chegou a hora! Os ovos estão eclodindo!" Disse o jovem Alazar interrompendo a meditação de Aldran.

O dragonborn branco virou-se calmamente, levantou-se e sorriu. "Leve-me até minha esposa Alazar."

Os dois caminharam pelos corredores de pedra da fortaleza que era Varmun, acompanhados pelos olhares curiosos de alguns conhecidos da família. Aldran estava feliz e demostrava isso quando sorria para amigos que o parabenizavam pelo caminho até a sala de incubação.
Ao chegarem, Alazar abriu a pesada porta de metal e lá estava Zarin, segurando três pequenos filhotes. O maior, de cor castanha, puxava a túnica da mãe enquanto esta o limpava. Outro, de cor vermelha, tentava afastar-se da mãe para pegar pedaços das cascas de ovo e o menor de todos, uma fêmea de cor marrom, parecia dormir nos braços de Zarin.
Três ovos, três filhos. Aldran não conseguía conter-se. Abraçou Zarin e beijou os pequenos dragonborns.

"Finalmente..."Disse deixando cair uma lágrima.

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"Medrash! Saia já desse buraco!" Gritou Zarin, sua mãe.

"Mas mãe! Tem coisas velhas escondidas ali! Eu vi! Tem pedras desenhadas e tapetes velhos!" respondeu a criança dragonborn de escamas vermelhas.

"E daí criança? Vá brincar com seu irmão. Deixe os buracos para os anões." Respondeu Zarin.

Mas Medrash continuou descendo pelo túnel que havia encontrado entre as pedras. Continuou descendo até não mais ouvir a voz de sua mãe ou de seu irmão Albrann nem de sua irmã Zilash.
O túnel era estreito e apenas alguém de pouca estatura poderia arrastar-se por ele. Tudo o que o jovem dragonborn tinha para iluminar o caminho era um bastão solar que havia roubado no mercado de Varmun.
Depois de algum tempo rastejando pelo túnel, Medrash chegou a uma caverna maior. A luz do bastão iluminou todo o lugar e o dragonborn vermelho ficou encantado com o que via. Ao seu redor, estátuas antigas de dragonborns em armaduras vigiavam o que parecia uma tumba ou templo antigo. Dezenas de inscrições nas paredes mostravam batalhas, deuses e exércitos enormes e no centro, sobre um sarcófago de pedra, jazia a espada.

Medrash fixou os olhos amarelos sobre a arma que descansava sobre o mármore frio. Estava coberta de poeira mas ainda assim era magnífica. Medrash caminhou, trêmulo, em direção à espada. Sem medo, o pequeno dragonborn tirou a poeira de cima da arma e a segurou com as duas mãos. Era muito pesada para ele. Seus pequenos braços não aguentaram o peso e a lâmina de aço bateu fortemente contra o chão da tumba, fazendo o som ecoar.
Uma casca fina de terra rachou e Medrash pôde então ver a espada em toda a sua grandiosidade. Tinha inscrições antigas na lâmina e sua empunhadura era coberta por couro vermelho. Tinha também dentes presos no cabo mas estes estavam desgastados pelo tempo.

Orgulhoso, o dragonborn voltou pelo túnel até sua mãe que, ao vê-lo com a espada presa às costas sorriu e disse apenas:
"Muito bem Medrash. Tem uma espada. Acho que agora vai ter que aprender a usá-la."

Anos depois, Medrash decidiu que viajaria pelo mundo em busca de mais conhecimento sobre sua raça e jurou que um dia os dragonborn teriam uma grande nação como no passado. Ele rumou para o norte, para Ilíria.

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