terça-feira, 9 de março de 2010

A Escuridão - Parte III

Medrash acordou sentindo as pancadas das botas do feitor de escravos. Era um humano gordo, de braços musculosos e rosto desagradável. Vestia apenas uma tanga e um jibão de couro e suas botas eram velhas e escuras. Numa das mãos levava um pequeno cajado com uma esfera na ponta. Na outra um chicote que estalou no ar e acertou as costas do dragonborn.

Medrash levantou-se enfurecido e tentou agarrar o homem mas este apenas recuou um passo e tocou o cajado. Os colares dos escravos, incluindo o de Medrash, brilharam e então uma dor insuportável se apossou de todos. Homens rolavam no chão, segurando os colares. Medrash caiu de joelhos diante do feitor e este gargalhou.

"Quando quiser encostar em mim de novo, cão, todos vocês irão sofrer."

Medrash encarou o feitor e cerrou os dentes quando a dor aumentou.

"Irão sofrer muito mais se você tentar me acertar."Disse o feitor jogando uma picareta na direção do dragonborn. "Agora vamos! Cave!"

Medrash olhou em volta e viu que estava num túnel escuro, iluminado apenas por algumas lâmpadas. Outros escravos cavavam e carregavam carvão para fora.

"Isso não vai ficar assim."Pensou.

Keyra abriu os olhos e viu uma menina de seus dezesseis anos de idade. Sua visão ficou turva por alguns segundos e então ela viu que a menina tinha belos olhos azuis e cabelo castanho claro, preso por um pente de osso. Vestia apenas uma tanga e uma tira de seda escondia seus pequenos seios. A menina tinha colar de escravos, com uma runa mágica.

"Você está bem?" Disse a menina. "Meu nome é Anna."

A meio-elfa olhou em volta, procurando pelos demais e viu Adrie. Esta usava um colar igual ao de Anna e vestia uma roupa similar. Muitas outras mulheres estavam ao redor delas, numa sala grande e circular com grandes montes de almofadas. Três salas menores abrigavam os quartos e uma sala de banhos. As mulheres usavam os colares de escravo mas pareciam felizes naquele lugar. Uma delas tentou ajudar Keyra e então Adrie gritou de dor. Havia tentado mudar de forma e o colar mágico começou a brilhar, causando uma dor terrível.

Várias mulheres tentaram ajudar a elfa. O colar parou de brilhar depois de algum tempo e Adrie conseguiu respirar novamente. Ela olhou para keyra, que se aproximava.
"Que lugar é este?" Perguntou a meio-elfa
"É a casa das mulheres do rei."Disse Anna tentando sorrir calmamente.
Adrie e Keyra conversaram com as demais escravas por algum tempo e souberam que Alas tinha dezenas de escravas para satisfazer suas necessidades. Descobriram também que a rainha havia sido escrava um dia. Alas, o rei, usava as mulheres quando tinha vontade e tinha predileção por novidades.
Subitamente, as grandes portas do arém se abriram e Alas entrou quando as duas novas escravas conversavam com a jovem Anna.
"Ha! Finalmente vou experimentar você!"Disse abrindo os enormes braços musculosos na direção de Keyra.
Nesse instante, Anna correu e ficou entre eles.
"Meu senhor, por favor, a meio-elfa está sangrando."Mentiu
Alas olhou para Keyra por alguns instantes e acreditou na mentira da menina. "Muito bem. Daqui a alguns dias eu me divirto com ela. Hoje voc~e serve."Disse ele tomando Anna pelo braço e levando-a até um monte de almofadas onde ficou com ela até estar satisfeito.
Keyra e Adrie olharam horrorizadas enquanto as demais mulheres pareciam achar tudo normal.
Arannis estava praticamente nu. Vestia apenas uma tanga de tecido e o colar de escravo. Dois guardas bem armados o levavam através de corredores subterrâneos e escadas. Haviam deixado a cela dos escravos do castelo e ninguém falava com Arannis desde então. Uma longa escada estreita se pronunciava no fim do corredor escuro. Um dos guardas apontou para os degraus e ordenou ao eladrin que subisse. Arannis esitou por alguns segundos e então subiu. Eram degraus altos e a escada era muito estreita. No fim, uma porta secreta estava aberta e uma suave brisa levantava uma cortina de seda branca.
Arannis entrou, olhando ao redor desconfiado. Estava num quarto circular, dentro de uma torre. Almofadas e mobilia rica adornavam o quarto e havia uma enorme cama. Quatro janelas grandes davam para o mercado da cidade subterrânea. Um suave perfume pairava no ar.
"Finalmente. Esperei você por um longo tempo."Disse uma voz suave atrás de Arannis.
O eladrin se virou e viu a rainha. Agora, sem a figura de Alas presente, a eladrin parecia mais bela e graciosa. Vestia apenas alguns tecidos sobre o corpo esbelto e rosado. Seus longos cabelos dourados pendiam soltos e seus olhos brilhavam como jóias. Era a mulher mais linda que arannis já tinha visto.
Ela sorriu gentilmente e puxou Arannis pela mão até perto da cama. "Venha."Disse ela convidativamente. "Seja meu."
Arannis ainda tentava lembrar-se de seu irmão e seus amigos mas a visão da bela eladrin confundia sua mente. Era impossível resistir a ela e logo o jovem paladino se entregou aos prazeres da rainha dos escravos.
Soveliss acordou numa sala de dois por dois metros. Havia palha no chão e ele estava semi-nu. Um colar pesado e certamente mágico estava em seu pescoço. O eladrin olhou em volta e não viu nenhum de seus companheiros, nem mesmo Bahamut, seu pseudodragão.
Levantou-se com dificuldade e viu que a porta estava aberta. Cambaleou na direção da saída e deu de cara com um homem alto e muito forte, vestido com roupas negras. O homem o fez sair da sala com um empurrão e Soveliss chegou a uma sala maior que mais parecia um laboratório arcano.
O meio-drow estava lá. Seu nome era Dezad, como Soveliss rapidamente se lembrou.
"Limpe e traga tudo o que eu pedir. Se me atacar ou desobedecer morrerá no ato."Disse Dezad com uma voz fria.
Soveliss não viu alternativa e obedeceu o seu novo mestre. Talvez assim ele encontrasse alguma forma de fugir e ajudar os demais e aprender algo sobre magia no processo.
"Peguem o goblin! Peguem o maldito demônio de pele verde filho de uma cadela!"Gritava um meio-orc na praça do mercado enquanto um pequeno goblin corria segurando uma sacola de couro. O goblin era seguido de perto por um pseudodragão albino.

2 comentários:

  1. Gente não sei pq mas eu edito e a bagaça insiste em juntar o texto onde tem espaços. Desculpem por isso.

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  2. Nada, que isso, sem stress.

    Bem, mas o paladino não sucumbiu aos encantos da rainha tão fácil. Ela teve que pagar um jartar primeiro, não rolou nada no primeiro encontro não (rs)

    Pelor

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